O premiado diretor, roteirista e produtor José Padilha não estudou cinema na universidade. Aprendeu na prática, comandando obras como o documentário "Ônibus 174"horario pagante tigre, o filme "Tropa de Elite" e a série "Narcos".
Não demorou a perceber que, ao contrário do que muita gente pensa, o filme, seja ele qual for, é independente do diretor em inúmeros aspectos.
"É uma lenda a ideia de que o diretor controla o filme totalmente. Essa lenda existe, em parte, porque alguns diretores se creditam 'um filme de' em vez de 'dirigido por'", afirma Padilha na CasaFolha, a plataforma de streaming da Folha com cursos exclusivos para assinantes.
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"Tem 1 milhão de variáveis que estão envolvidas na construção de um filme que o diretor não tem como controlar", diz na CasaFolha. O orçamento pode estourar, o cronograma pode atrasar, pode estar nublado em uma gravação pensada para um dia de sol. "O diretor não controlou a luz na qual filmou essa cena."
E esses são apenas alguns exemplos de imprevistos que podem interferir no resultado final. Mas existem, além deles, todos os elementos que dependem dos demais profissionais envolvidos na produção. A começar do ator e da atriz.
"Eu não controlo quando o ator respira. Eu não controlo a expressão facial, e uma expressão facial pode mudar um filme, pode criar um momento mágico. Um fotógrafo pode fazer um movimento de câmera um pouco diferente do que você pensou, e aquilo pode virar uma coisa genial."
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Presente na CasaFolha desde o dia 21 de novembro, Padilha se somou a outros grandes nomes da plataforma, como o ex-ministro Pedro Malan, que explica como analisa a economia, e a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, que ensina a explorar o potencial do cérebro.
Já há 16 cursos exclusivos no streaming, e novos conteúdos são incluídos todos os meses. No próximo dia 30, por exemplo, será a estreia das aulas da triatleta Fernanda Keller, que fala sobre "Ironman e a superação dos limites". Em fevereiro, será a vez de Raí, ex-jogador de futebol do São Paulo, do PSG e da seleção brasileira.
No curso "A arte de contar histórias", José Padilha explica que gosta de incorporar ao máximo a colaboração de todas as pessoas de sua equipe —especialmente quando alguém traz algo em que ele próprio não tinha pensado.
Por isso que, para ele, quando entra na ilha de montagem do filme, "o diretor tem que calçar as sandálias da humildade" e aceitar que as cenas gravadas não necessariamente ficaram tão boas quanto previsto.
Curso quot;A arte de contar históriasquot;São 14 aulas com José Padilha
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Com aulas elogiadas pelos assinantes da CasaFolha, Padilha lembra que partiu de Daniel Rezende, montador de "Tropa de Elite", a solução que permitiu pôr o capitão Nascimento como narrador da história, em vez de Matias, que era o plano original.
Claro que o diretor, no fim das contas, é o maestro dessa orquestra, ou o CEO dessa empresa. É o diretor que traduz o roteiro para a tela e faz uma série de escolhas fundamentais: sobre escolha de elenco, sobre tipo de lente, sobre tipo de câmera, sobre movimento das câmeras etc.
"A identidade que o diretor deu ao filme a partir do roteiro é algo que o diretor tem que brigar para ter. Agora, se for brigar para cada detalhe do filme, vai ficar maluco", diz Padilha.
Brigar por essa identidade, porém, não significa ser o "autor" da obra. "Eu acho que, no frigir dos ovos, um filme não tem autor", afirma. Daí por que ele classifica como "crédito vaidoso" o crédito que diz "um filme de fulano", em vez de "dirigido por fulano".
Em uma de suas aulas, reforçando o argumento, o cineasta também afirma: "No fundo, o roteiro é a alma do filme. As pessoas acham que a alma do filme é o diretor, mas não é. Para mim, a coisa mais importante de um filme é o roteiro".
Ele explica em termos práticos: "O roteiro é o que o produtor usa para vender para o estúdio, é o que o produtor usa para trazer o diretor. É o que o produtor executivo vai usar para fazer o orçamento, o cronograma. Tudo vem do roteiro".
No curso da CasaFolha, Padilha ainda explica, entre outras coisas, como é seu processo criativo, por que considera o cinema uma arte narrativa antes de ser uma arte visual e como lida com grandes atores.
Em relação a isso, ele diz: "Wagner Moura não deixa nada a desejar a Samuel L. Jackson, Gary Oldman, Michael Keaton".
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